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O homem ia nú e sózinho, na rua, com um rádio de ondas curtas encostado ao ouvido. Chocados com aquela visão pouco agradável (ainda se fosse uma jovem curvilínea...) os transeuntes telefonaram para as autoridades que, de imediato, mandaram um agente para tomar conta da ocorrência.
O polícia, aproximou-se do indivíduo que exibia tão despropositado preparo e disse-lhe: “O Senhor não pode andar nú na rua, ouvindo um rádio. Está preso, venha comigo para a esquadra!”
O intrepelado, surpreendido com aquela abordagem repentina ficou, inicialmente, perplexo mas, de imediato, aproveitou uma das ondas curtas do rádio, cavalgou-a e afastou-se, sempre na crista da onda que o transportava rapidamente. O polícia ficou sem palavras, mas, sendo um homem de ideias vagas, montou uma das vagas e iniciou uma louca e aquática perseguição.
Durante vários minutos, a cidade presenciou uma louca corrida, um nú montado na crista de uma onda, perseguido por um polícia que cavalgava uma grande vaga que perseguia a onda, conseguindo, pouco a pouco encurtar a distância entre perseguidor e perseguido.
Após alguns minutos desta delirante perseguição, a vaga do polícia apanhou a onda do nú e o agente da autoridade agarrou firmemente o prevaricador, obrigando-o a desmontar da onda ao mesmo tempo que deixava a sua vaga.
“Agora vai comigo, que eu não o largo!” - disse, ufano, o agente fardado. Só então constatou que a perseguição o tinha afastado da zona da sua esquadra e que não tinha meio de transporte de volta. Viu então passar um táxi e chamou-o. Fez o seu prisioneiro entrar para a viatura e disse ao motorista: “Rápido, para a 69ª Esquadra, por favor”.
No caminho para a esquadra o táxi teve um furo. De imediato o condutor saiu do carro e dirigiu-se à mala para tirar o pneu sobresselente e o macaco para poder trocar os pneus. No entanto, o macaco estava de greve e fugiu para cima de uma galho de uma árvore. O taxista, que era um homem com imaginação e que tinha visto num programa da TV que os macacos eram um pouco míopes, pegou numa chave de parafusos amarela e abanou-a, fingindo que era uma banana que estava a oferecer ao macaco. Este, enganado, aproximou-se para receber a banana e foi agarrado e usado para levantar o carro o que possibilitou a troca dos pneus.
Guardados o pneu furado e o macaco na mala, o táxi retomou caminho e rapidamente chegou à esquadra. Infelizmente, ao chegarem à esquadra morreram os três afogados... pois o chefe da esquadra sofria de cataratas.
4 Comments:
Tens de concordar, caro Very (posso tratar-te pelo primeiro nome, não posso?), que a ambiguidade é das melhores ofertas do Ser Supremo ao Homem no que trata a um dos melhores jogos do Mundo: o jogo das palavras.
Só gostaria que o orgasmo feminino fosse, também ele, ambíguo...
Pois nesse caso, quando a minha cara-metade me confrontasse com o facto de eu não lhe conseguir dar orgasmo de espécie alguma, fruto da minha execrável habilidade de fazer o amor, eu poderia afirmar com terno à-vontade: "Não, querida, não fui eu que não te consegui satisfazer, tu é que interpretaste mal o teu orgasmo"...
Se bem me lembro dos tempos em que costumava proporcionar regularmente momentos desses à minha, então, esposa, não é assim tão difícil. Não me considero um profissional mas lembro-me que depois de se ganhar o jeito é fácil quase nunca falhar. É um pouco como andar de bicicleta só que infinitamente mais agradável... Não andará aí um pouco de falta de esforço???
A minha capacidade de desempenhar o acto sexual é apenas comparável à minha habilidade para voar...
E ao engenho do Leitão em nadar em estilo mariposa...
Eu não sei nadar nenhum estilo.
O texto esta muito bom :)
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